Creio em Jesus Cristo

10/06/2013 09:53

 

Jesus, Revelador do Pai, Sacerdote do Universo

(+ Karl Josef Romer, 8 de junho de 2013)

Observações prévias        

Jesus Cristo: após a SS. Trindade, o inaudito, absoluto mistério. Deus no humano; o humano divinizado (unio hypostatica).Como irmos a ele e entendermos o que Ele é para nós e nós para Ele?

Conhecemos um profeta, por suas palavras e obras. Por mais, porém, que conheçamos literariamente os relatos evangélicos, o divino mistério de Jesus ultrapassará infinitamente o nosso conhecimento. Conhecê-lo em profundidade depende de uma revelação da parte de Deus-Pai. Assim, diante da confissão de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16), Jesus declara: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está nos céus” (Mt 16,17).

 

Crer em Jesus é ser ensinado por Deus: Isto é ainda reforçado pelas repetidas palavras do Evangelho de João: 6,44: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia” (cf. 6,65: “Ninguém pode vir a mim, se isso não lhe for concedido pelo Pai”; cf. 6,37). 6,45: “Todos serão ensinados por Deus. Quem escuta o ensinamento do Pai e dele aprende vem a mim”. 

Ir a Jesus é resultado não só de nossa busca mas da graça do Pai. O conhecimento dos textos evangélicos, evidentemente, é de fundamental orientação. Nos sinóticos, Jesus se encontra no meio do povo do AT e suas palavras e milagres deixam transparecer o seu Mistério Divino. Mas logo no início do Evangelho de João, de modo abrupto o Verbo eterno de Deus, com todo o esplendor divino, é apresentado, fazendo-se carne (1,14). A vida e a palavra de Jesus “dão testemunho do que Jesus ouviu do Pai” (3,11). Em João, não se trata de sabermos apenas notícias sobre Jesus, mas trata-se de começar uma vida divina: “Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim” (6,57). São Paulo não repete os eventos e manifestações na vida do Messias. Exige a fé vigorosa na ressurreição de Jesus e a nossa iniciação existencial no mistério de Jesus (Rm 6,2-6; Gl 3,13; 2.20).

Em três ponto s procuro descrever Jesus e seu mistério:

a)     Jesus é a razão e o princípio de toda a criação, tudo é por ELE.

b)     Existe uma missão com ELE: para “completarmos” a obra de Jesus

c)     Tudo n’ELE – a Igreja é seu corpo

 

 

1)     Tudo por Cristo, o Primogênito, único Sumo Sacerdote

Se Adão não tivesse pecado, assim pensam muitos, então não haveria necessidade da vinda de Jesus Cristo, o “Segundo Adão”, o Filho de Deus encarnado. – A Bíblia abre-nos outra perspectiva de imensa beleza e profundidade. Antes de toda criação, Deus quer expressar seu ser divino em outro ser – não divino. Este desejo divino de comunicar-se a outrem, que ainda não existia, é o primeiro pensamento de Deus antes do início do mundo.

Este primeiro pensamento de Deus é JESUS CRISTO: Jesus Cristo como criatura e como Deus. Deus evoca todo o processo da criação, para que, no seu ponto alto, surja Jesus, razão de ser de toda a criação e princípio e fonte de toda graça desde Adão até a consumação eterna.

Tendo, porém, Adão perdido a graça e perdido a capacidade de transmiti-la a todas as gerações, Deus fica fiel ao seu plano e – não obstante o pecado – envia o seu Filho, mas agora não só para plenificar toda graça, mas, primeiro, para tomar sobre si toda a culpa da humanidade, incapaz por si só de tornar-se, outra vez, imagem e semelhança de Deus.

Cito três importantes textos da Bíblia que nos revelam esta visão fundamental da história universal em Jesus Cristo.

a)     Ef 1,4: “Nele (em Cristo) ele (Deus) nos escolheu antes da fundação do mundo (logo antes do pecado de Adão), para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor”. – E outro texto de dramática beleza:

b)     Col 1,13-20: (13) Ele nos arrancou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, (14) no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. [PRIMADO DE CRISTO:] (15) Ele é a Imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda criatura, (16) porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Soberanias, Principados, Autoridades, tudo foi criado por ele e para ele. (17) Ele é antes de tudo e tudo nele subsiste. (18) Ele é a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo. Ele é o Princípio, o Primogênito dos mortos, (tendo em tudo a primazia), (19) pois nele aprouve a Deus fazer habitar toda a Plenitude (20) e reconciliar por ele e para ele todos os seres, os da terra e os dos céus, realizando a paz pelo sangue da sua cruz.”

O por Ele recebe sua total radicalidade onde Aquele por quem somos criados, se faz nosso redentor. O plano de Deus de assumir todos em seu divino amor, torna-se o maior drama: “escândalo para os judeus” e “loucura pra os gentis” (1Cor 1,23):

c)     Gal 3,13s: “Cristo nos remiu da maldição da Lei tornando-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro”, (14) a fim de que a bênção de Abraão em Cristo Jesus se estenda aos gentios, e para que, pela fé, recebamos o Espírito prometido”.

 

Jesus não é apenas o “primeiro” entre nós, nem apenas o mais santo. Mas Ele é a razão intrínseca da (criação e da) santidade de todos. “Nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra... (17) Ele é antes de tudo e tudo nele subsiste. (18) Ele é a Cabeça da Igreja, seu Corpo. Ele é o Princípio (archv).

Se o universo todo tem nele sua razão de ser (“tudo é por Ele”) e se tudo possui n’Ele a sua meta (“e para Ele” 16), então é evidente que não existe outra relação com Deus a não ser “por Cristo”, razão e meta de todo o nosso ser. Deus não pode ser adorado a não ser por Jesus. Eis o grande tema da humanidade: “Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6). Viver fora de Jesus, querer ir ao Pai sem Ele, é cair no nada. Só Ele é a razão de tudo, o princípio de todo o nosso ser.

Jesus, por seu íntimo ser é o caminho para Deus; e a verdade de Deus e a última verdade de nosso ser; Ele é a única verdade entre Deus e o mundo. Ele é a vida de Deus Pai. A “vida divina” é a fonte divina em Deus Pai. O Verbo de Deus tem em plenitude esta vida. E Jesus dá esta eterna vida aos seus. “O Pai tem a vida em Si mesmo, e também deu ao Filho o ter a vida em si mesmo” (Jo 5,26). “Como o Pai suscita os mortos e os faz viver, também o Filho dá a vida[1] a quem quer” (Jo 5,21). “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11,25s).

Ele é humano, nascido da Virgem Maria; mas “nele habita corporalmente toda a divindade, e nele somos levados à plenitude” (Cl 2,9s).

Jesus, pelo plano de princípio de Deus e pela encarnação do Verbo na humanidade, é o sacerdote divinamente constituído entre Deus e o universo. Por isso, Ele é fonte de toda salvação, de fonte de todo perdão, fonte de toda graça que no santifica e diviniza. Ele é por seu ser Sumo Sacerdote.

Este Seu sacerdócio universal não lhe advém em qualquer ordenação religiosa. Sua divindade, unida à humanidade é necessariamente constituída mediador, sacerdote divino-humano. Ele é o único Sacerdote do universo. E por Ele tudo se dirige a Deus. (cf. Hb 7,21.26.28).

A ordem da criação “por Cristo” alcança sua plena e radical realização, onde Jesus por todos se imola: “Aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que, por Ele, nos tornemos justiça de Deus” (2Cor 5,21).

Ora, se toda a ordem do universo e mais ainda a ordem da redenção na Cruz, orienta tudo por Ele para Deus, então o que Jesus é e como Ele é diante do Pai deve se tornar a nossa atitude diante de Deus. Assim, o por Ele se torna nossa santidade.

Seu sacerdócio transforma-nos diante de Deus: “Fostes sepultados com ele no batismo, também com ele ressuscitastes, pela fé no poder de Deus” (Cl 2,12). Ele, o Sumo Sacerdote leva tudo diante do Pai e dá, desde já, a tudo um valor novo e eterno.

 

 

 

2)     Com Cristo: cabe-nos completar o que falta em suas tribulações

Assim, São Paulo formula esta surpreendente afirmação: “Agora eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e completo, na minha carne, o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24).

Certamente nada falta ao objetivo valor redentor da Cruz de Cristo, e ninguém pode aumentar o seu valor divino.

Mas o seu infinito valor, sua força salvadora deve ser levada a todos os cantos do mundo. Jesus enviou, e a Igreja continua enviando missionários para abrirem caminhos à obra divina. E isto não só nos países longínquos. Também no íntimo de cada vida, de cada coração, há forças que se opõem ao Evangelho.

Procuro indicar dois pontos que mostram a possibilidade e necessidade de contribuirmos com Jesus Cristo pela salvação do mundo:

a)                 Para que a vitória de Cristo seja plena, cada cristã deve-se assemelhar ao Cristo mesmo, deve, com Jesus, participar das “tribulações”, suportando com o amado Mestre o desprezo ou o ódio do mundo contra a santidade[2]. “Assim, os sofrimentos de Cristo são copiosos para nós, assim também por Cristo é copiosa a nossa consolação” (2Cor 1,5). “Em nada serei confundido, mas com toda a ousadia, agora como sempre, Cristo será engrandecido no meu corpo, pela vida ou pela morte!” (Fl 1,20).

b)                Destarte, nossa história, nossa vida é chamada a colaborar com Deus Criador e Deus Salvador. Sem diminuir em nada na absoluta soberania da Graça salvadora, nós, membros de Cristo, podemos colaborar com Cristo que é a Cabeça para acelerar e intensificar a consumação de toa a história.

Com nosso exemplo e testemunho, podemos conduzir muitos afastados ao caminho da verdade e da vida. Cada cristão, com suas livres, generosas e heroicas opções, pode ser instrumento na obra de Cristo, pode com Cristo salvar o mundo Primeiramente, em mim mesmo, minhas abnegações abrem caminhos ao Reino de Deus em minha vida; e o testemunho puro e confiante em cada hora faz com que um maior número de afastados se encontre em Cristo. Assim, toda a nossa vida é missão e apostolado diante do mundo e sensibilizando os corações[3]..

Toda essa nossa colaboração é acolhida por Deus em sua indizível misericórdia. Mesmo que “Deus opera em nós o querer e o operar” (Fl 2,13), esta onipotência da graça não elimina os méritos de nossa entrega e oblação em cada dia.

Cristo é a fonte e toda graça. Mas no final, como a glória da Cabeça resplandece em cada membro que autenticamente representou a Cabeça, teremos em nós, e em nossa colaboração com Ele, a glória eterna do Senhor Jesus Cristo.

Neste triunfo final de Deus, a Igreja aparecerá gloriosa. “E quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas, então o próprio Filho se submeterá àquele que tudo lhe submeteu, para que Deus seja tudo em todos” (1Cor 15,28).

 

 

3)     A inaudita novidade: em Cristo

Em Jesus, Deus-homem, vive toda a plenitude do mistério trinitário (Cl 2,9). Mas Jesus assume-nos para dentro de Si mesmo e, n’Ele, começamos, já agora, a viver na divina Trindade. Já ultrapassa nossa compreensão a verdade de o Verbo divino-eterno viver encarnado na humanidade de Jesus. Mas o que Jesus fala de nós é uma verdade que nos assusta divinamente: Ele promete-nos uma divina comunhão de seu Ser com a nossa vida. Ele abre a verdade fundamental em uma dimensão eternamente nova e impensável: “Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (Jo 14,11). Mas não basta. Esta união trinitária, Jesus a abre para nós: “Compreendereis que estou em meu Pai e vós em mim e Eu em vós” (Jo 14, 20; cf. 6,57). E num inefável crescendo, Ele chega a dizer: “Se alguém me ama, guardará mima palavra e o meu Pai o amará e a ele Nós viremos e nele estabeleceremos morada” (Jo 14,23; cf. 15,9).

O mesmo tema é retomado de várias formas: “Todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em Ti, que eles estejam em nós” (Jo 17,21). – “Para que sejam um, como nós somos um: (23) Eu neles e Tu em Mim, para que sejam perfeitos na unidade” (Jo 17,22-23).

A partir da solenidade com que Jesus nos assume para dentro da divina unidade entre Ele e o Pai, pode-se entender a ênfase com que Paulo conclui que a Igreja é misteriosamente e realmente, “Corpo de Cristo”. Ele é a cabeça que a todo o Corpo confere a personalidade de Cristo (1Cor 12,12ss). Se nossos lábios rezam, ou se rezam as nossas mãos erguidas, então é através de nosso eu que a Cabeça Divina reza em nossa s mãos, em nossa voz. sempre o nosso espírito, a nossa Cabeça que reza na mãos e na voz. Já Santo Agostinho tinha dito: “na voz de Jesus fala também a nossa voz, e, na nossa voz, fala a voz de Jesus. “Ele ora em nós como nossa Cabeça...”. Reconheçamos, pois, nele, os nossos clamores e em nós os seus clamores” (cf. CIC 2616).

Viver em Cristo, rezar em Cristo é, neste mundo, uma verdadeira e real antecipação da vida bem-aventurada no céu. É isto o segredo fundamental da existência cristã: Começa, já agora, em nós um grau indescritível da santidade do céu. Sob a aparência passageira, não raro sofredora de nossa vida terrestre, desde já esperamos o tesouro eterno que está em nós e opera em nós (2Cor 4,7). Com imenso desafio, Paulo repreende a nossa superficialidade com que vivemos nossa existência cristã: “E nós todos que, com a face descoberta, refletimos como num espelho a glória do Senhor, somos transfigurados nessa mesma imagem, cada vez mais resplandecente, pela ação do Senhor que é Espírito” (2Cor 3,18).” Não para diminuir a graça de Jesus em nós, mas para situar a divina grandeza da graça santificante na pobreza cotidiana de nossa existência, Paulo acrescenta: “Trazemos, porém, este tesouro em vasos de argila, para que esse incomparável poder seja de Deus e não de nós” (2Cor 4,7). É isto, em nós, o supremo fruto da Páscoa: “Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova. Tudo isto vem de Deus, que os reconciliou consigo por Cristo” (2Cor 5,17-18).

Assim podemos – seguindo Santo Agostinho – resumir, com o Catecismo da Igreja Católica, a divina grandeza de Jesus Cristo e a nossa humilde, mas confiante contribuição para a plena realização da obra redentora de Cristo.

Jesus ora por nós como nosso sacerdote, ora em nós como nossa cabeça, e a Ele sobe nossa ad-oração como ao nosso Deus. Reconheçamos pois, nele, os nossos clamores em nós os seus clamores” (En. in Psal. 85,1; cf. CIC 2616).

 

Jesus, por quem vamos ao Pai, Redentor com quem queremos colaborar, e Filho Trinitário que com o Pai e o Espírito Santo em nós vive, revela-nos a última ceia: “O Pai vos ama!” (Jo 16,27)[4].

E na plenitude dos tempos, quando na eternidade tudo estará submetido a Ele, “então o próprio Filho Jesus Cristo se submeterá àquele que tudo lhe submeteu, para que Deus seja tudo em todos”. (1Cor 15,28). Por Cristo, em Cristo, e por Cristo começará então a eterna liturgia.



[1] Em João temos 49 vezes a expressão vida (não biós, mas zoé), 36 no Ev. e 13 vezes nas cartas), Mt o tem 7, Mc 4, Lc 5 vezes.

[2] A luta de se desapegar do mundo, mas também do seu “eu” idolatrado. Cf. Santo Inácio de Loyola: discernimento espiritual: não substituir-se ao Cristo. Absoluta abertura a ELE. Ascese, abnegação, sofrimentos e amor ao próximo: purificam meu eu e o livertam todo para o Reino de Deus.

[3] Joana Beretta Molla (1922-1962). Gianna Beretta nasce em Magenta (Milão, Itália) aos 04 de outubro de 1922. Desde sua primeira juventude, acolhe plenamente o dom da fé e a educação cristã, recebidas de seus ótimos pais. .. Oração intensiva... . Laureada em medicina e cirurgia em 1949 pela Universidade de Pavia (Itália), em 1950 abre seu consultório médico em Mêsero (nos arredores de Milão). Especializa-se em pediatria na Universidade de Milão em 1952 e, entre seus clientes, demonstra especial cuidado para as mães, crianças, idosos e pobres....  sua profissão médica ela a considerava como uma «missão»,...Inicia seu noivado com o engenheiro Pedro Molla. Casa-se aos 24 de setembro de 1955. Transforma-se em mulher totalmente feliz. Em novembro de 1956, já é a radiosa mãe de Pedro Luís; em dezembro de 1957 de Mariolina e, em julho de 1959, de Laura. Com simplicidade e equilíbrio, harmoniza os deveres de mãe, de esposa, de médica e da grande alegria de viver....

Em setembro de 1961, no final do segundo mês de gravidez, vê-se atingida pelo sofrimento e pela dor. Aparece um fibroma no útero. Antes de ser operada, embora sabendo o grave perigo de prosseguir com a gravidez, suplica ao cirurgião que salve a vida que traz em seu seio e, então, entrega-se à Divina Providência e à oração. Com o feliz sucesso da cirurgia...  Alguns dias antes do parto, sempre com grande confiança na Providência, demonstra-se pronta a sacrificar sua vida para salvar a do filho: «Se deveis decidir entre mim e o filho, nenhuma hesitação: escolhei - e isto o exijo - a criança. Salvai-a». Na manhã de 21 de abril de 1962 nasce Joana Manuela...., na manhã de 28 de abril, em meio a atrozes dores e após ter repetido a jaculatória «Jesus eu te amo, eu te amo» morre santamente. Tinha 39 anos. Seus funerais transformaram-se em grande manifestação popular de profunda comoção, de fé e de oração..... Foi beatificada por João Paulo II no dia 24 de abril de 1994. e canonizada pelo mesmo Papa em 16 de maio de 2004, estando ao lado do Papa a filha, salva  pela mãe, hoje médioca, e o marido anicão.

 

 

 

 

[4] Santa Teresa de Jesus (Librode la vida, cap. 8. n. 5 “Oração mental não é outra coisa, ao meu ver, do que entregar-se à amizade; tantas vezes, sozinhos, devemos / podemos tratar (relacionar-nos) com Aquele de quem sabemos: ELE nos ama”.